Telereabilitação: Conexão que cuida

Com os avanços da modernidade, os tratamentos na área da saúde têm evoluído em ritmo acelerado. Na fisioterapia, esse processo não é diferente. A pandemia de 2020 trouxe a necessidade de adaptações significativas, e uma das principais foi a consolidação da telereabilitação. Surge, então, uma questão relevante: seria possível realizar fisioterapia — uma profissão em que o contato manual é considerado um dos recursos mais valiosos — de forma remota? Neste artigo, vamos compreender o que é a telereabilitação e identificar para quais perfis de pacientes ela pode ser especialmente útil.

Você sabia que a primeira publicação sobre telereabilitação aconteceu em 1990? Na época, já se falava sobre usar tecnologias de informação e comunicação para oferecer serviços de reabilitação à distância.

O termo telereabilitação é definido como a prestação de serviços de reabilitação mediada por tecnologias de informação e comunicação (WHO, 2010).

A telereabilitação possui duas modalidades: síncrona e assíncrona. A modalidade síncrona refere-se àquela em que a consulta ocorre em tempo real, enquanto na modalidade assíncrona o atendimento é realizado por meio de imagens e vídeos, que podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento.

“Mas, fisio, eu me machuquei! Como a telereabilitação vai me ajudar? E aquela massagem, como você vai fazer à distância?” Esse é um dos principais questionamentos feitos aos fisioterapeutas. Por isso, é importante esclarecer que nem todos os pacientes se beneficiarão desse tipo de abordagem. É necessário avaliar diversos fatores, como o acesso adequado à internet, o conhecimento básico sobre o uso de celular ou notebook, a gravidade do caso do paciente, entre outros aspectos.

Geralmente, a telereabilitação funciona muito bem em pacientes que apresentam boa auto eficácia (capacidade de manejar a dor por conta própria, seguindo as orientações do fisioterapeuta), boa consciência corporal para executar os movimentos sem correções manuais, indisponibilidade para atendimentos presenciais, seja na clínica ou em domicílio, profissionais com boa habilidade de comunicação e pacientes que não necessitam de terapias manuais.

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